Agenda/ Encontro Lab Extremidades na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Encontro Lab Extremidades na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Dia e horário: 07/11/2019 e 08/11/2019, das 14:00h às 21:30h

Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade

Endereço: Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São Paulo

Inscrições: http://bit.ly/labextremidades2019

 

O Lab Extremidades surge do encontro crítico e inventivo de pesquisadores, curadores e artistas que integram o Grupo de Pesquisa Extremidades da PUC-SP.

Trata-se de uma iniciativa para fomentar processos de ativação de estudos, oficinas e encontros abertos ao público extra-acadêmico relacionados às novas estéticas, práticas sociais e modelos de produção artísticos e multimídia.

Considerando isso, o Encontro Lab Extremidades | Coleção Experimentos Críticos na Oficina Cultural Oswald de Andrade busca ativar conversas e escutas entre os participantes no sentido de produzir reflexões acerca dos textos produzidos pelo Grupo de Pesquisa para o livro Experimentos Críticos 3 da Coleção Extremidades, que será lançado no segundo semestre de 2020.

Nesse encontro teremos a leitura dos textos e debate com os autores presentes do livro “Extremidades: experimentos críticos 3 – redes audiovisuais, cinema, performance, arte contemporânea”. Sendo que ao final de cada encontro, haverá uma mediação e fechamento desses debates com membros do Conselho Científico da Coleção Extremidades.

Buscando ativar conversas e escutas entre os participantes, pedimos que acessem o link: http://bit.ly/livroextremidades3 com a senha: livroextremidades3 e leiam os textos de nossos autores para este encontro.

 

Programação:

 

07/11/2019 (quinta-feira)

 

14:00h: #DEERBEAR: EXTREMIDADES EM ALEXANDRE MURY A PARTIR DO INSTAGRAM STORIES

  • Resumo do texto: Este texto busca produzir uma reflexão crítica a partir de um conjunto poético formado pela série #DeerBear do artista Alexandre Mury (São Fidélis, Rio de Janeiro, 1976), compartilhada em seu perfil no Instagram, entre 31 de julho e 09 de agosto de 2017. A análise dessas imagens on-line se dá pela abordagem das extremidades com o objetivo de estabelecer um outro tipo de jogo de leitura para a rede de relações que o artista constrói ao postar trabalhos que problematizam questões relacionadas a seus afetos e inquietudes, como: a temática LGBTQI+, a normatividade de gênero e da sexualidade, a ideia da arte como um produto, e com isso, um vetor de circulação do pensamento artístico pela comercialização, e a utilização das poéticas do efêmero, presentes nos Stories (on-line por apenas 24 horas), como recurso narrativo, de ordem estética e poética, compartilhados no Instagram.

o Autor: Larissa Macêdo
o Debatedor: Juliana Garzillo
o Mediador: Christine Mello

15:00h: DO BI AO TRIDIMENSIONAL: O PROCESSAMENTO DE IMAGENS DIGITAIS RESSIGNIFICANDO A MATERIALIDADE

  • Resumo do texto: O artigo descreve o processo de criação, que, por meio de um banco de dados, um programa de visualização de imagens científicas (software) e uma impressora 3D, apresenta a desconstrução de uma imagem para uma forma tridimensional. Abordaremos a combinação de diferentes operações que envolvem a manipulação de arquivos digitais, entrelaçando-as à reflexões críticas sobre diversos meios “impuros” que hibridizam as tecnologias de nosso tempo. O objetivo é compreender as operações, os métodos e a criação de linguagem como formas práticas de se operar crítica e criativamente com os elementos de nossa realidade. Realidade está que transita entre o físico e o virtual e daquilo que se materializa, de alguma forma, no mundo.

o Autor: Ana Elisa Carramaschi
o Debatedor: Felipe Neves
o Mediador: Vitor Cruz

16:00h: O GESTO FOTOGRÁFICO E SUAS EXTREMIDADES NO TRABALHO <TITLE> # </TITLE>

  • Resumo do texto: Através da abordagem crítica das extremidades, o seguinte texto busca refletir as tensões que as tecnologias digitais impuseram à forma de produção e circulação das imagens técnicas a partir do trabalho <title> # </title> (2019), de minha autoria. Com base teórica na leitura de Vilém Flusser e seu conceito de imagens contemporâneas com base digital, como imagens técnicas de projeção de sentindo pela experiência, o texto se constrói tendo como vetor de leitura do trabalho os procedimentos de desconstrução, contaminação e compartilhamento. Sendo nessa ordem, a desconstrução de um banco de dados imagético, a organização desse pela contaminação da lógica de redes, através potência de ordenação e síntese trazida pelas de hashtags, e a construção de narrativas a partir do compartilhamento das imagens provenientes desse arranjo no formato de GIFs animados, por meio de uma montagem de códigos QR.

o Autor: Fernanda Oliveira
o Debatedor: Ana Elisa Carramaschi
o Mediador: Geovana Pagel

17:00h: PENSANDO AUTORIA EM “A COLEÇÃO DUDA MIRANDA”: O REGIME PERFORMATIVO COMO POTENCIAL DE DESLOCAMENTO POÉTICO.

  • Resumo do texto: Este estudo busca discutir “A coleção Duda Miranda” a partir da abordagem das extremidades e partindo do entendimento de que o potencial performativo do trabalho atua no deslocamento das poéticas e das proposições dos agentes envolvidos nesta produção. Para tal, buscou-se fazer uma breve contextualização do trabalho, inserindo-o em uma discussão mais ampla sobre a função do autor e à autoria. Visando assim, pensar como esse potencial de deslocamento pode gerar, neste trabalho, relações de desconstrução, contaminação e compartilhamento que atualizam o entendimento de autor e da autoria, propondo novas questões a essas concepções.

 o Autor: Lucas Castro
o Debatedor: Maria Eunice Araújo
o Mediador: Larissa Macêdo

18:00h: INTERVALO

19:00h: MEMBROS DO CONSELHO CIENTÍFICO – à confirmar

o João Simões
o Edilamar Galvão
o Mediador: Christine Mello

21:30h: ENCERRAMENTO


 

08/11/2019 (sexta-feira)

 

15:00h: AVENIDA BRASÍLIA FORMOSA NAS EXTREMIDADES

  • Resumo do texto: O presente estudo é parte de uma pesquisa maior e tem como espaço de investigação os tensionamentos das redes audiovisuais e da performance com o cinema, através do filme Avenida Brasília Formosa (2010), de Gabriel Mascaro. Esses tensionamentos são analisados através de frames do filme com o intuito de demonstrar a hibridização de linguagens na obra de Gabriel Mascaro, identificando a natureza impura dessas imagens, feitas a partir de atravessamentos com o vídeo, linguagem gráfica do videogame, alusão à linguagem do reality show, a estética mista entre imagens amadoras e imagens profissionais, posicionando o cinema hoje de maneira descentralizada. Para isso, esse experimento crítico também articula uma discussão teórica a partir do documentário pernambucano contemporâneo, e os atravessamentos de novas configurações de produção a partir do fenômeno da brodagem e produção em rede, a performatividade dos sujeitos diante das câmeras através do conceito de persona performática, a convocação do corpo e afetividades no audiovisual, a biopolítica do cotidiano e a produção pós-colonialista com o chamado “Novo Cinema Pernambucano”. Dessa forma, busca-se compreender a crítica de arte e de cinema a partir de procedimentos poéticos de um artista.

o Autor: Katrin Riato
o Debatedor: Lucas Lespier
o Mediador: Carlos Eduardo Nogueira

16:00h: PROMENADE: REGIÕES FRONTEIRIÇAS ENTRE A ARTE SONORA, A INTERVENÇÃO URBANA E A ARTE PARTICIPATIVA

  • Resumo do texto: No presente artigo, discuto o tema do espaço e do tempo em intervenções urbanas e obras performáticas para espaço público a partir do estudo de caso da intervenção urbana sonora Promenade. À luz da abordagem das extremidades de Christine Mello e de autores de diferentes modalidades disciplinares, pratico uma pesquisa interdisciplinar e decentralizada, hibridizando formas diferentes de produção de conhecimento através do diálogo entre investigação teórica e prática artística. Neste sentido, ensaio uma leitura crítica a partir de seus extremos na sonoridade e na participação pública, detalhando e esmiuçando os procedimentos de contaminação, desconstrução e compartilhamento identificados no processo criativo e na sua relação com o ambiente.

o Autor: Dudu Tsuda
o Debatedor: Nicolau Centola
o Mediador: Paula Squaiella

17:00h: DA BIOLOGIA À INTERNET: O VÍRUS COMO SIGNO DE EXTREMIDADES

  • Resumo do texto: No presente artigo nos proporemos a pensar a ideia de vírus dentro do escopo da abordagem das Extremidades (MELLO, 2008). Colocaremos em campo para contato, diversas percepções acerca de possíveis compreensões ontológicas do termo vírus: em um primeiro momento na perspectiva biológica (TAMARIN, 2011 e CRICK, 1998), em um segundo momento, em uma retrospectiva da área da programação e da cultura digital (PLANT, 1999) e, em um terceiro momento, o pensamento do vírus na linguagem e na comunicação, partindo da famosa frase de Willian Burroughs (2005), “Linguagem é vírus” e possíveis aproximações com o conceito de ruído na comunicação trazidos aqui por Michel Serres (2003). Para fazer este trânsito, partiremos da ideia de vírus segundo Deleuze (1995). Para ele, este seria um agente rizomático. Imputaria em nós outras espécies, colocaria em encontro diferentes seres, cruzaria informações, onde Comunicações transversais entre linhas diferenciadas embaralham as árvores genealógicas.”, o rizoma é a “anti-genealogia” (DELEUZE, 1995). Para o autor, fazemos rizoma com nossos vírus, ou antes, nossos vírus nos fazem estabelecer rizomas com outros animais, isto seria a evolução a paralela, comunicação a paralela. O vírus como agente interespécies.

o Autor: Nathalia Rech
o Debatedor: Larissa Macêdo
o Mediador: Dudu Tsuda

18:00h: INTERVALO

19:00h: MEMBROS DO CONSELHO CIENTÍFICO

o Marcus Bastos
o Hermes Renato Hildebrand

21:30h: ENCERRAMENTO