Grupo de Pesquisa Extremidades: redes audiovisuais, cinema, performance e arte contemporânea
O Grupo de Pesquisa Extremidades: redes audiovisuais, cinema, performance e arte contemporânea, coordenado por Christine Mello, é integrante da linha de pesquisa Regimes de Sentido nos Processos Comunicacionais no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Integra também o Departamento de Artes e a Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes (FAFLICA) da PUC-SP.
o Grupo de Pesquisa Extremidades: redes audiovisuais, cinema, performance e arte contemporânea (PUC-SP/PPGCOS), é formado por teóricos, críticos, curadores e artistas. As pesquisas do grupo partem da abordagem das extremidades em suas relações com as redes audiovisuais, o cinema, a performance e a arte contemporânea. Nos propomos a realizar reflexões e debates acerca da arte, mídia e política no século XXI, em seus regimes do sensível, a partir de estudos e debates compartilhados, compostos por diferentes pensamentos que buscam fazer frente às formas vigentes da experimentação artística e midiática. Tendo como problematizações a violência colonial, a discriminação racial, de gênero e sexo assim como os limites estruturais tecnológicos e os impactos do Antropoceno, que se opõem à diversidade no sistema-mundo contemporâneo.
Confrontarmos nossas pesquisas entre as extremidades das linguagens e o extremo dos mundos. Se em nossa produção investigativa (www.extremidades.art) as análises se constituem a partir da noção de extremidades, é importante observar vetores recentes de mudanças epistemológicas que se deram com o grupo a partir de contribuições singulares de pesquisadores que vem atuando de forma continuada conosco como Gilbertto Prado, Claudio Bueno, João Simões, Alessandra Bochio, Larissa Macêdo e Felipe Merker; Cesar Baio, Fernanda Oliveira, Claudio Filho e Ana Rovati (do grupo ACTlab/UNICAMP) e, em especial, Suely Rolnik, Soraya Ferreira, Priscila Arantes, Edilamar Galvão, Sheila Cabo Geraldo e Luiz Claudio da Costa, assim como as trocas e diálogos que tivemos em nossas últimas reuniões do Conselho Científico da Coleção eXtremidades.
A partir de tal interlocução, posicionamos como principal desafio pensarmos as extremidades como uma situação própria da vida. Possibilidade esta que diz respeito a vivermos no instável, no inconstante, nas crises e polarizações, na plataformização do capitalismo, nos sistemas algorítmicos, nos agenciamentos humanos e não-humanos, nos neofascismos, nos deslocamentos e tensionamentos extremos em que a experiência vital se movimenta na atualidade, que exigem quebras de paradigmas e ressignificações.
A abordagem das extremidades é utilizada na análise de procedimentos artístico-comunicacionais que interligam múltiplas práticas, em especial os procedimentos da desconstrução, contaminação e compartilhamento. Trata-se de um caminho de leitura, um instrumental de análise que busca estabelecer tensionamentos entre o espaço social, as linguagens da arte e das mídias a partir do deslocamento de posições hegemônicas diante do campo observacional, daquilo que é considerado central, daquilo que tem caráter de especificidade, em direção aos lugares extremos, limítrofes, atravessados, contra-hegemônicos.
Tendo como objetivo fazer com que as pesquisas se transmutem, contaminem e sejam acessíveis, através de experimentos críticos que se reúnem em torno das análises contemporâneas vinculadas e compartilhadas junto ao Selo Extremidades.