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77 Million Paintings: fronteiras entre mundos em Brian Eno

Juliana Garzillo

O presente estudo analisa a zona fronteiriça em que 77 Million Paintings, de Brian Eno (Reino Unido, 1948), está inserida. Este trabalho artístico se apresenta em diferentes plataformas: software, DVD, instalação audiovisual e intervenção urbana. A pesquisa tem como foco a leitura das poéticas da obra, que se insere em espaços intersticiais de diferentes linguagens, estesias e tecnologias. A proposta artística se forma através de um sistema de linguagem recombinatória que realiza montagens de imagens e sons em diferentes plataformas. 77 Million Paintings foi apresentada em diversos países entre 2006 e 2016. Analisam-se as poéticas e os processos comunicacionais nos estímulos sensoriais proporcionados pelo software, bem como é realizada uma reflexão a respeito das escolhas e caminhos poéticos feitos por Brian Eno na criação dessa obra. Com presença no mundo experimental e popular, o forte envolvimento do artista com a música contamina sua criação em outros campos. É possível reconhecer traços do campo musical na linguagem imagética de 77 Million Paintings, assim como o contrário, quando o campo da imagem contamina a linguagem sonora. A análise é construída através do caminho de leitura das extremidades, proposta por Christine Mello (2016). A identificação dos procedimentos poéticos de desconstrução e contaminação embasam o estudo das relações de fronteiras borradas dos mundos de Brian Eno e 77 Million Paintings. No desenvolvimento a respeito das contaminações entre os sentidos, as ideias de Sérgio Basbaum (2002) respaldam a leitura das sinestesias presentes no trabalho artístico. Para a leitura sobre o sistema de comportamento emergente da proposição artística, Bill Seaman (2010) dá embasamento à reflexão sobre o software 77 Million Paintings e seus desdobramentos estéticos.

 

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