Grupo de Pesquisa/ Dissertações e Teses/ Poéticas do encontro nos coletivos audiovisuais em São Paulo: estudos a partir do documentário O muro da vergonha (2014)

Poéticas do encontro nos coletivos audiovisuais em São Paulo: estudos a partir do documentário O muro da vergonha (2014)

Lucas Carlini Lespier

Esta pesquisa analisa os processos comunicacionais e os procedimentos poéticos de documentários realizados por coletivos de produção audiovisual em São Paulo. Para isso, foi escolhido em especial o documentário O muro da vergonha (Moinho Vivo, Comboio e Fabcine, 2014, São Paulo, SP, 15’46”, digital, cor). O contexto atual das produções audiovisuais fora dos centros tradicionaisde produção é entendido situando-os historicamente dentro de um processo que se afasta do método sociológico de realização documentalnos moldes definidos por Jean-Claude Bernardet (2009). Para definir o que entendemos por coletivos audiovisuais,a pesquisa situa esses grupos não como isolados no tempo, mas inseridos em um processo histórico de democratização da produção audiovisual, tomando como marco inicial, tanto histórico quanto teórico, a experiência de Suely Rolnik e Félix Guattari – retratada no livro Cartografias do desejo –, que, em 1982, viajaram pelo Brasil da redemocratização discutindo os rumos dos movimentos sociais. Para entender a criação coletiva dentro desses grupos usaremos a teoria de Cecilia Almeida Salles (1998) que analisa os processos de criação em redes e nos basearemos na abordagem das extremidades de Christine Mello (2008) para uma aproximação das obras pelos seus procedimentos poéticos, por entendermos que esta produção audiovisual acontece no signo das extremidades. Os objetivos desta pesquisa consistem em, a partir da compreensão do contexto das poéticas do encontro, construir um caminho de leitura para O muro da vergonha e seus processos comunicacionais, levando em conta seus processos criativos coletivos. Esta leitura busca compreender de que modo aquilo que denominamos poéticas do encontro, que reconhecemos em suas relações disruptivas no que se refere a ação política e às narrativas audiovisuais clássicas.

 

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