Grupo de Pesquisa/ Dissertações e Teses/ Rotas #2

Rotas #2

Lucas de Castro Pereira

Esta dissertação busca produzir uma reflexão sobre as performatividades do artistas, tomando-as como um procedimento poético cuja manifestação se dá a partir de processos comunicacionais entre o artista e o sistema da arte. Analisa, em especial, a constituição de heterônimos e de personas performáticas em trabalhos como Marcelo do Campo (Dora Longo Bahia, 2006) e A coleção Duda Miranda (Marilá Dardot e Matheus Rocha Pitta, 2007). Também são explorados relatos de vivências e relações de afeto que permeiam a formação desta investigação – tomando como base a concepção de artista-etc proposta pelo artista e pesquisador Ricardo Basbaum –, além de trabalhos artísticos produzidos a partir de proposições de Lucas Odarres, heterônimo do autor desta pesquisa. São eles: Os cadernos de Lucas Odarres, Mirante, Rotas #1 e Rotas #2. O objetivo é explorar os regimes de presença do artista como potencial de desconstrução do lugar que ele ocupa no sistema de arte contemporânea, refletindo sobre os modos como as suas performatividades se organizam como um vetor importante para o reposicionamento da sua esfera relacional enquanto sujeito atuante na sociedade. A abordagem das extremidades, de Christine Mello, é utilizada como vetor conceitual de leitura e constituição poética. Por meio dos conceitos de desconstrução, contaminação e compartilhamento, busca-se produzir um instrumental tanto para a análise do corpus da pesquisa quanto para as reflexões e tensionamentos presentes nas produções artísticas realizadas ao longo do período em que esta pesquisa foi desenvolvida. A estrutura teórica é de caráter interdisciplinar, trazendo uma perspectiva de performatividade ancorada nos estudos de John Langshaw Austin, Judith Butler e Philipe Auslander. As noções de persona performática e autoescrituras performativas são tratadas a partir dos estudos de Ana Goldenstein Carvalhaes e Janaina Fontes Leite. No tocante às discussões acerca do sistema da arte, articulam-se a noção de circuito comunicacional em rede, presente nos estudos de Anne Cauquelin, e as de campo e sistema da arte, trazidas por Pierre Bourdieu e Maria Amélia Bulhões.

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